Conteúdo Não é Tudo, Mas é 100%

Esta frase, pode parecer estranha a principio: “Conteúdo Não é Tudo, Mas é 100%”, mas cheguei a esta conclusão a partir de duas máximas: uma cunhada pelo comediante Falcão: “Dinheiro não é tudo, mas é 100%” (paralelo com a piada “dinheiro não é problema, é solução”), e a outra “O meio é a mensagem”, de autoria do sociólogo canadense Marshall McLuhan, ao teorizar sobre a comunicação global e as relações do conteúdo com seus efeitos na sociedade.

Como assim?

O ser humano é rodeado de comunicação, e constantemente tem a necessidade de transmitir alguma informação (conteúdo) para alguém ou para os outros. Esta necessidade se apresenta desde a mais tenra idade, onde o choro – com intensidade e vigor – indica nossa insatisfação com o novo habitat, a fome, o frio ou qualquer outro desconforto.

Assim que passamos a dominar melhor os meios disponíveis, e no intuito de comunicar-mo-nos com mais eficiência, adaptamos nossa mensagem, do choro às palavras, para informar nossas necessidades e obter o que desejamos. Indo além, aprendemos que cada público precisa de ajustes, tanto nos vocábulos quanto em elementos acessórios (entonação, gestos, gráficos, etc.) para que possamos nos fazer entender com precisão. E quanto mais ferramentas ou canais nos dispomos a aprender para fortalecer nossa comunicação, mais assertivos poderemos ser ao repassar nosso conteúdo adiante.

Algumas frases para filosofar:

“Quem se cala, consente.” – Quando não exercemos nosso direito de expressar nossa opinião, podemos dizer que nosso conteúdo é o silêncio.

“A boca fala do que o coração está cheio” – Se somos apaixonados por algo, é natural falar com mais frequência a respeito do objeto de nossa paixão. É um assunto nos dá prazer e nos impele a comunicar aos outros aquilo em que sentimos, e porque passamos nosso tempo acalentando tais conceitos e valores.

“O amor vem do aplauso” – Quando admiramos algo a ponto de comunicar publicamente nossa estima, sabemos que sua essência nos agrada, e não conseguimos nos calar diante de sua presença. Esta admiração gera o apreço, que nos fará inconscientemente defender a razão do nosso afeto e seu conteúdo. Sem saber nos transformamos em embaixadores de idéias alheias, que aos poucos também se tornam nossas.

Para quem vamos comunicar?

Escolher um veículo que faça com que nossa mensagem alcance de forma eficiente nosso público-alvo é uma introdução para refletirmos sobre a tese: “o meio é a mensagem”. Ou seja, se decidimos comunicar nosso conteúdo via Rádio, já estamos automaticamente indicando que nosso público nem precisa ser alfabetizado, basta apenas que não seja surdo e que fale português. Outrossim, se pretendemos utilizar a internet como meio de repassar nosso conteúdo (como estamos fazendo neste exato momento), é porque desejamos nos comunicar com pessoas que sabem ler, e tem habilidades tecnológicas suficientes para encontrar nossa mensagem na imensidão da Internet.

Pensando nisso, aplicamos o conceito de Inbound Marketing, que tem como essência falar com quem quer ouvir, e responder às perguntas que foram feitas, apresentando soluções concretas para problemas reais. É um contraponto à propaganda tradicional, que grita com um megafone na praça oferecendo uma solução, na esperança de esbarrar com alguém que tenha o problema. Desta forma, estamos nadando na corrente, observando as ondas para otimizar nossos esforços na hora certa em que alguém demonstrar interesse em nossas soluções.

outbound-vs-inbound

Pode parecer complicado, mas na verdade é uma metodologia simples, lógica e eficiente. Basta estar pronto para investir nos canais corretos e levar sua mensagem a quem está interessado, e não a quem possa interessar.

Se você domina um assunto, pode muito bem usar sua experiência e compartilhar seu conhecimento ao mesmo tempo em que gera novos negócios. Isso é basicamente unir o útil ao agradável, pois muita gente poderá se beneficiar com um conteúdo inédito, ou com sua abordagem única sobre um determinado assunto, e isto é gerar conteúdo.

Seu conteúdo poderá atrair visitantes através das pesquisas em mecanismos de busca e, quanto for acessado poderá gerar maior conhecimento da sua marca, produto ou serviço (awareness), além de gerar mais tráfego para seu site, o que sempre é uma boa moeda de troca nesses tempos de transações virtuais.

Conteúdo é o Produto de Hoje.

Em 1996, Bill Gates (o próprio) escreveu um ensaio entitulado: “Conteúdo é Rei” (Content is King*) onde apresentava o conteúdo em si como o produto do futuro, e profetizava que qualquer pessoa com um computador e acesso à internet seria capaz de criar conteúdo. Ele estava certo, mas não contava com as várias revoluções que a internet passou nos últimos (quase) 20 anos. O modelo de negócio proposto, baseado em venda de conteúdo, não funcionou exatamente como previsto, pois sempre haverá gente produzindo conteúdo de qualidade gratuitamente, e hoje o modelo que ainda funciona melhor é o de links patrocinados e anúncios relacionados ao perfil de consumo do usuário (a essência do CRM).

Empresas como Google e Facebook logo perceberam o potencial de geração de conteúdo dos próprios internautas e aplicaram o “power to the people” (poder para o povo) em seus modelos de negócio, fazendo com que ambas as empresas tem sites com alta rentabilidade. Veja por exemplo a popularidade do YouTube, que usa os vídeos de seus próprios usuários pra ganhar dinheiro com anúncios. A diferença é que a Google sempre esteve disposta a repartir uma fatia do bolo, coisa que a Microsoft nunca admitiu fazer.

* A frase “Conteúdo é Rei” é atribuída originalmente a Sumner Redstone, CEO da megacorporação de entretenimento Viacom.

Conteúdo Não é Tudo, Mas é 100%Conteúdo Não é Tudo, Mas é 100%

Neste ponto da conversa você pode dizer: “Já sei pra quem quero falar, e os canais que meu público está frequentando”. Ótimo, agora mãos à obra!

Já sabemos que o conteúdo é quem atrai os visitantes e por isso deve ser levado muito a sério. No entanto, vários estudos já confirmaram que um bom design transmite confiança ao visitante, e que muitas vezes a apresentação é o elemento decisor para que o receptor preste atenção na mensagem.

Alguns autores complementam o conceito de Gates com “Se o conteúdo é o rei, a distribuição (contexto) é a rainha.”, indicando que ambos devem andar juntos e que a aparência do seu site/blog tem a capacidade de atrair ou não a atenção do visitante, além de que a distribuição direcionada, e contextualizada, é quem realmente define a aceitação do seu conteúdo.

Ou seja, para atrair o público-alvo para a nossa mensagem, precisamos ter basicamente duas coisas:

  1. Uma apresentação visual atraente e contextualizada para “ganhar o direito de ser ouvido”.
  2. Informação relevante e instigante, para que a mensagem seja assimilada e gere uma reação positiva.

Para o primeiro ponto é importante pensar em usabilidade e design responsivo, pontos essenciais na para atrair, manter o interesse e ganhar a confiança do visitante, que conforme consome nosso conteúdo passa gradativamente de consumidor de nossos a produtos a embaixador da nossa marca.

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Mesmo que você tenha o “website mais lindo do mundo”, super atraente, intuitivo e responsivo, muitas pessoas ainda não o conhecem ou ainda nem sabem que sua empresa existe. Atualmente, o caminho mais usado para encontrar alguma coisa na internet é um buscador (Google, Yahoo!, Bing, etc.) e é ali que seu público está, diariamente pesquisando sobre os assuntos que você poderia estar escrevendo. Que tal começar agora?

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A verdade é que para os buscadores pouco importa se seu site é feio ou bonito, mas se está bem escrito, se usa corretamente a semântica no HTML e se respeita as boas práticas de SEO. A junção de um design atraente que transmita confiança com uma informação relevante é que vai fazer com que seus visitantes curtam, comentem e compartilhem seu conteúdo. E diante disso, só me resta dizer que para o internauta, realmente o conteúdo não é tudo, mas para o Google, ele é 100%.

Se você já tem um site, considere fazer uma análise gratuita de desempenho e posicionamento.

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